sábado, outubro 27, 2012

Olá... voltei. Na realidade nunca parti. Tentei mas nunca o consegui. Senti a tua falta, apesar de seres eu e estares comigo a cada momento da minha existência. És demónio e eu pessoa. Ou eu demónio e tu reflexo do verdadeiro eu. Virei-te a cara e tentei esquecer-te. Esquecer que és parte de mim. Esquecer que és mais que isso... que és o que eu sou e que por mais que te tente exilar é contigo que converso em silêncio e é por ti que anseio. O humano em mim tenta sobreviver, mas é ridículo o esforço com que o faz. Serei o que sou e nada para além disso. Arranco-me de mim na tentativa de me fundir na cacofonia de vozes que me assombram dizendo-me como ser pessoa, e perco-me. Perco a essência de quem se esquece de si noutro plano e tento viver no sonho de estar vivo. Sinto... que estou a viver um sonho de dentro para fora. Como se desde há algum tempo, no sonho em que vivo, estivesse a sonhar que estou acordado. Que vagueio por algo demasiado real, demasiado concreto. Por algo demasiado desprovido de tudo o que me faz o que sou no sonho onde realmente estou, sonhando com o que agora vivo. Não me encontro porque não estou a aqui e o que aqui está não sou eu...