segunda-feira, fevereiro 20, 2006


Olho para o canto e na penúmbra vislumbro aqueles olhos... e o sorriso afável... é ele! É o meu demónio que susurra... aguardando... esperando... Ele sabe que inevitavelmente voltarei a segui-lo, e voltarei a cair... e eu também o sei...

Não sei se já repararam, mas eu tenho vindo a fazê-lo. É deveras mais fácil ouvir o silêncio e escutar a alma no meio de uma tempestade. Observar os mundos da mente, onde a luz se mistura com a escuridão e onde os sentimentos de desprezo correm ao lado daqueles de maior raiva, quando nos sentimos aprisionados no turbilhão de vivências que nos fustigam. É mais fácil contar o que a alma nos diz... dizer o que o nosso demónio nos segreda... explodir num desabafo de palavras metafóricas cheias de simbolismos indecifráveis e de analogias imperfeitas que tentamos a todo o custo compreender enquanto as proferimos, para nos compreendermos a nós e ao mal que nos rodeia. É mais fácil ser lírico num mal-fadado desenrolar, no drama de uma luta connosco próprios, em que o nosso demónio nos incita a destruir-mo-nos... Mas agora estou bem.... estou a sofrer os males do mundo, os males da matéria enquanto o demónio volta para o seu canto e a tempestade amaina aguardando outra oportunidade para me engolir. E por eu estar em paz com a escuridão, observando-a da luz, é-me mais difícil ouvir as vozes e desenrolar os fios do meu desatino. Estou a viver! E não a pensar em fazê-lo...!
(Ilustração da autoria do je... espero k gostem... se não gostarem... pronto, tá bem.)

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Hail! Só kero pedir dsclp plo estaticismo do meu blog, mas deveu-se aos simpáticos senhores lá do meu fornecedore de serviços de internet k decidiram cortar a net na minha zona durante kuase 5 dias! Vamos ver se agora fica operacional....
Já agora tenho outra frase divinal dita por uma pessoa muito especial, há não mais do que umas horas. Ora prestem atenção... "Olha, que fazias se eu amanhã acordasse morta?"
Tenho k dizer k m deixou a pensar!!

domingo, fevereiro 05, 2006


Hail! Estou na iminência de voltar a trabalhar de forma a ampliar as minhas competências, para ser o melhor profissional possível na área que escolhi. Isto antes de me lançar nesse pesadelo de demandas impossíveis que é o mundo "real". Todavia há um pensamento que me ocorre com insistência desde há uns anos e que é o de que não passo de um cobarde! Eu e com muita certeza muitos dos seres que diariamente cruzam os seus locais do quotidiano fazendo um esforço por se mostrarem felizes com a sua vida. Na realidade penso que o ser humano é um ser comodista e com uma capacidade anormal para criar raízes e barreiras onde não as há. Por vezes dou por mim a divagar... a pensar como seria ter a coragem de abandonar esta putrefacção de monotonia a que proponho a minha vida, e abandonar tudo. Abandonar e fazer aquelas pequenas coisas que nos fazem realmente felizes, conhecer o que existe para além do "meu" mundinho e encontrar o meu local e estado de introspecção completa... o meu nirvana. Mas depois desperto novamente para a realidade que abracei e sei que não tenho coragem e seria incompatível com muitas visões minhas do futuro o facto de abandonar este cubo transparente em que vivemos, de onde vislumbramos um mundo sem fim, mas sem nunca conseguir ultrapassar as suas barreiras. E assim vivemos, seres acefalos guiados por sonhos de outros projectados em nós, pelos quais lutamos, mas dos quais não nos conseguimos libertar.

quinta-feira, fevereiro 02, 2006


Hail! Eu sei que decididamente este espaço tem primado pelo abandono da minha parte, mas não falta em mim a vontade de partilhar vivências... Faltam sim as oportunidades para tal... As areias do tempo correm furiosamente quando divagamos...
Hoje estou notoriamente nostaálgico. Ontem foi o último dia de um ciclo da minha vida... Um ciclo que tantas vezes ansiei que terminasse e do qual agora sei que vou sentir falta. Foi um ciclo de longos anos, cheio de caras novas e de almas que ainda há bem pouco tempo via a pairar em redor de mim de forma medíocre, mas que ontem vi de uma forma mais radiosa. Entendi que cada uma dessas almas foi importante para mim à sua maneira. Vou recordar os momentos da chegada ao estabelecimento e em que os via... cada um a viver a sua própria experência de vida e a partilharmos uma grande experiência conjunta... os olhares, as conversas, as intrigas, os romances, os desatinos, as discussões... tudo fez parte... Sei que ainda vou ver todas estas personagens do teatro da minha vida, nem que seja em simples momentos de reunião. Mas a proximidade do momento em que algumas delas não serão mais que uma memória começa já a causar este sentimento em mim. Para aqueles que conheci e que sei que são amigos para toda uma vida, obrigado! You know who you are! Vocês realmente são muito para mim!! E para todos os que por alguma razão verei simplesmente como colegas agradeço-vos igualmente pelo papel que tiveram na minha vida!